O preço do petróleo é um dos fatores mais importantes que afetam a economia mundial, pois influencia os custos de produção, transporte, energia e inflação. O petróleo é uma commodity que tem uma oferta limitada e uma demanda crescente, o que torna o seu preço volátil e sujeito a choques externos. Nos últimos anos, o preço do petróleo passou por diversas oscilações, refletindo as mudanças no cenário geopolítico, na oferta e na demanda global, nas expectativas dos agentes econômicos e nas políticas dos países produtores e consumidores.
Uma das principais referências para o preço do petróleo é o Brent, que é o tipo de petróleo extraído do Mar do Norte e negociado na bolsa de Londres. Outra referência é o WTI (West Texas Intermediate), que é o tipo de petróleo produzido nos Estados Unidos e negociado na bolsa de Nova York. Esses dois tipos de petróleo têm características diferentes, como o teor de enxofre, a densidade e a qualidade, que afetam o seu valor no mercado. Além disso, o preço do petróleo também depende do custo de transporte, armazenamento, refino e distribuição, que variam de acordo com a localização geográfica, a infraestrutura e a capacidade produtiva dos países.
Segundo dados da Agência Internacional de Energia (AIE), o preço médio anual do Brent foi de US$ 71,19 por barril em 2018, US$ 64,21 em 2019, US$ 41,84 em 2020 e US$ 66,02 em 2021 (até outubro). Já o preço médio anual do WTI foi de US$ 65,23 por barril em 2018, US$ 56,99 em 2019, US$ 39,16 em 2020 e US$ 62,23 em 2021 (até outubro). Esses valores mostram que o preço do petróleo teve uma queda acentuada em 2020, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, que reduziu drasticamente a demanda por combustíveis e derivados, e a uma guerra de preços entre os principais países produtores, como a Arábia Saudita e a Rússia, que aumentaram a oferta para ganhar participação de mercado. Em 2021, o preço do petróleo se recuperou parcialmente, acompanhando a retomada da atividade econômica global, a vacinação contra o coronavírus, os cortes de produção acordados pela OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) e os eventos climáticos extremos que afetaram a oferta nos Estados Unidos.
No entanto, o preço do petróleo ainda enfrenta muitas incertezas e desafios para o futuro, como a evolução da pandemia e das variantes do vírus, as tensões geopolíticas e comerciais entre as grandes potências, as mudanças regulatórias e tributárias nos países consumidores, as restrições ambientais e sociais à exploração e ao consumo de combustíveis fósseis, a transição energética para fontes renováveis e de baixo carbono, a inovação tecnológica e a concorrência de novos produtores, como o Brasil, que tem um grande potencial de reservas no pré-sal. Esses fatores podem afetar tanto a oferta quanto a demanda por petróleo, alterando o seu equilíbrio de mercado e o seu preço.
Portanto, o preço do petróleo nos últimos anos foi marcado por altos e baixos, refletindo a complexidade e a dinâmica do mercado global de energia. O petróleo continua sendo um recurso estratégico e valioso, mas também enfrenta muitos desafios e riscos, que exigem uma constante adaptação e monitoramento dos agentes econômicos envolvidos.